sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Sexo + amor = felicidade plena, bah ¬¬

Sempre fui uma feminista convicta. Acho que o que vale para homens vale para mulheres também, e vice-versa, por que não? E um dos pontos que defendo é o direito de fazer sexo na primeira noite (ou dia, dependendo do caso), desde que você esteja a fim e tome todas as precauções necessárias.
As mulheres são tidas como seres mais sensíveis, associando o sexo ao amor e talz. Bobagem. Frescura. Durante todos os séculos de repressão feminina, essa era a única saída, já que elas eram tidas como uma mercadoria, essas maravilhosas máquinas de fazer bebês. [/MTV] A virgindade, a docilidade e a submissão aumentavam seu valor no mercado matrimonial, uma vez que o casamento era a finalidade de toda uma vida.
Ótimo. Aí o tempo foi passando e direitos foram adquiridos, como o de trabalhar fora, o de não casar virgem, todas essas coisas. Só que é tudo gradual, não é alguém que acorda um belo dia e decide: agora as mulheres já podem transar antes do casamento que tá beleza. E nessa evolução lenta (lenta até demais, acho eu) das coisas, chegamos ao sexo no primeiro encontro.
Para isso, não posso deixar de admitir que as meninas e mulheres precisam ter uma segurança psicológica bem grande. Afinal, não é de uma hora pra outra que a gente abandona o pensamento de sexo = amar perdidamente uma pessoa, que nos é enfiado goela abaixo desde a infância. Os homens, pelo menos a maioria deles, já assimilou o pensamento de que o bom mesmo é sair e comer geral, só a gente que fica com essas de “Aimeudeus, eu tô morrendo de vontade, mas eu conheci ele hoje, não posso ser tão fácil assim!”.
A grande questão é a de parecer galinha, muito fácil, de não se valorizar, de se sentir usada. Vamos combinar que essa de se sentir usada não cola, né? A não ser que você seja uma boneca inflável e fique ali, parada, esperando ele fazer tudo. Se você não está sendo forçada a nada está aproveitando também, e se está sendo bom melhor ainda! Ou pense que você está “usando” o menino também, pode ser divertido. =D
Algo que atormenta a mente de várias meninas é a expectativa do que será o “depois”. O que eu acho bobagem também. Afinal, só porque você deu pro cara vai querer um pedido de casamento e um anel de brilhantes? Conforme-se, muitas vezes simplesmente não há um “depois”. Nada. Nem um SMS, nem um scrap, nem um e-mail. Aí você vai ficar choramingando num canto por causa disso? Digo isso porque isso já me aconteceu muitas vezes, e me perguntem se eu estou traumatizada. =)
Bom. Isso é mais ou menos o que eu penso. Pra encerrar, só uma perguntinha: se essa história de transar no primeiro encontro há alguns tempos era amplamente difundida entre os homens e não entre as mulheres, eles transavam com quem? o.O

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No one here wants to fight me like you do
Metric - Combat baby

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Amigos virtuais, amizades bem reais

É um pouco estranho falar isso, mas digamos que a internet mudou a minha vida. E pra melhor, ainda bem.
A internet entrou na minha vida aos 15 anos. E junto com ela veio as salas de bate-papo, o ICQ (meudeus, como eu tô velha!), os blogs e o MSN. Com meu antigo blog [/propaganda pessoal] conheci uma pá de gente legal, com quem rolou uma grande identificação, madrugadas afora pelo ICQ/MSN. O fato de elas estarem geralmente há quilômetros de distância se tornava praticamente irrelevante, porque o legal de uma amizade é a gente desabafar, dar palpites/conselhos, fofocar, essas coisas. Isso pode ser feito tanto numa mesinha de bar quanto na frente de um computador, né não? Tá certo que ao vivo é mais emocionante, mas o importante é a afinidade e a identificação e talz.
Aí numas tantas dá uma vontade de encontrar a pessoa assim, ao vivo e a cores. Dependendo da distância geográfica e da verba disponível, isso é possível. Só que depois de tantos casos mostrados no "Jornal Nacional", bate um medinho da pessoa com quem a gente conversa há séculos ser um psicopata. Claro que só mostra os dois ou três casos que deram errado, e os outros tantos que deram certo? Eu podia estar órfã a essas horas, já que a minha mãe conheceu meu padrasto via internet e passou quase dois anos se encontrando com ele todo mês. Agora ela mora com ele e nós somos uma família feliz.
Partindo-se do pressuposto de "Quem é a minha mãe pra me proibir de encontrar pessoas que conheci pela internet?", um belo dia resolvi que queria ir pra São Paulo encontrar alguns amigos, com quem já conversava há mais de um ano. E lá fui eu, enfrentar 1200 km e 17 horas de viagem de Ijuí à Cidade Maravilhosa Terra da Garoa. E querem saber? Foi suuuper legal! Vivi emoções intensas, tipo andar de metrô. E quando eu teria uma oportunidade dessas? Eu não ia ser louca de me largar sozinha pra lá, e nem minha mãe seria louca de deixar. E onde mais eu conheceria pessoas de São Paulo, senão pela internet? A não ser que eu encontrasse paulistanos fazendo turismo em Ijuí, algo altamente improvável.
Na minha modesta concepção, as amizades internéticas são ligeiramente mais sinceras do que as da "vida real", já que eventualmente você pode se aproximar de uma pessoa com um fim específico: entrar pra turminha dos "populares", conseguir favores, essas coisas. Quando o que mais importa são as palavras, esse negócio de interesse não faz sentido algum: você só vai falar com a pessoa porque se identifica com ela de verdade, porque gosta dela de verdade. Nessas horas, não importa as barreiras físicas: um amigo é sempre um amigo, pra gente dar risada ou pra chorar no ombro, mesmo metaforicamente.

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And when I walk into the room, people stop and stare
It’s like nobody else is there
You know it’s me not you
Who said anything about you?
The Veronicas - Popular

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Je parrrrrle un pê de frrrrrrrrancé

Cenário: aula de francês.
Colega fala para professora: Um dia eu vi uma entrevista no Jô, de um cara francês, e era legendada. Tinha várias palavras que a gente já conhece, só que ele falava diferente.
Eu: Deve ser o francês britânico.
Minha amiga, que divide apartamento comigo: Hauhauhauhauahauha!
Um comentário cretino só tem graça com uma platéia fiel.

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L'amour n'est pas que dans les chansons
Poupée de cire poupée de son
Belle and Sebastian - Poupée de cire, poupée de son

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Daniela foi pro mar

A autocrítica das pessoas pode ser razoavelmente medida pelo tamanho dos seus trajes de banho. E eu constatei que muitas pessoas não têm autocrítica. Mas eu tenho.
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Dessa vez não fique de molho na água por horas e até temi algumas ondas. Poder ser que eu: a) agora seja uma pessoa suficientemente adulta para compreender algumas medidas básicas de preservação da vida, ainda mais quando se é um vivente que não sabe nadar; ou b) esteja me tornando uma medrosa que nem minha mãe.
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Eu tenho horror de biquíni de amarrar. Sempre acho que a próxima onda irá levá-lo. E digamos que não é nada confortável ter que ficar na água prestando muuita atenção no biquíni.
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E eu até tinha pensando em outras coisas legais/interessantes pra escrever, mas deve ter entrado água salgada no meu cérebro e eu esqueci. =F

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And it's one for the Dagger and another for the one you believe
The Fratellis - Chelsea Dagger