segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Sobre os ídolos da nossa juventude

Tenho que confessar que fui uma adolescente primitiva, uma vez que não pegava MTV na minha casa. Só fui conhecer todas as possibilidades desse maravilhoso canal ano passado, aos 19 anos (um dia vocês vão perceber como eu tenho facilidade de me deslumbrar com coisas banais. Como o dia em que andei de metrô pela primeira vez, mas isso não vem ao caso). Mas tudo bem.
Quando fazia curso de inglês, eventualmente antes da aula eu assistia o Uá-Uá, com o Marcos Mion e a Didi (eu tinha 13 anos, façam as contas). Não me lembro o que eu achava do Mion na época. Não devia ser nada muito importante, já que não me lembro. =P E eis que ele foi pra Band.
Não sei se vocês se lembram do Descontrole, que depois, por uma série de motivos, virou Sob Controle, uma droga. Eu não perdia um. Pra mim ele era perfeito, lindo, gostoso, etc. Quando ele fez o ensaio pra Revista TPM dei um jeito de comprar. E ficava babando por muito tempo. Mais ou menos nessa mesma época eu tinha comprado um álbum de figurinhas do Harry Potter e a Pedra Filosofal, então digamos que essa foi uma época problemática da minha vida. Não estou brincando: até entrei em um pequeno atrito com minha professora de português, que me adorava, porque ela mandou a turma fazer uma redação sobre a novela O Clone. A gente tava discutindo alguma coisa da novela, não me lembro se a clonagem em si, ou os muçulmanos, tanto faz. E como eu faria uma redação sobre como o tal assunto era abordado se eu não tinha assistido nem a dois capítulos sequer? O melhor que pude fazer foi entregar uma pseudoresenha que eu escrevi sobre as mudanças ocorridas no Descontrole, que eu até mandei pra Capricho. A professora era legal e gostava de mim, com um pouco de relutância aceitou minha redação.
Só que assistir todos os dias, fielmente, não bastava. Como eu vivia numa era pré-internet, a comunicação ficava difícil. Mas vejam a minha sorte: ele era colunista da Capricho! Como eu já estava acostumada a escrever cartas pra redação, escrevi uma, pedindo que fosse gentilmente enviada a ele. O que recebi foi uma carta padrão do fã-clube e um cartão postal. Tudo bem, pelo menos eu não havia sido ignorada.
Claro que eu ainda não estava satisfeita. Num dos momentos de ociosidade durante a aula de marcenaria que eu fazia, na oficina da escola, pensei: por que não fazer algo mais "concreto", por assim dizer? E lá fui eu catar um pedaço de madeira decente, corte, lixei e fiz um desenho com o pirógrafo (um pirógrafo é mais ou menos isso, fiquei com preguiça de procurar uma imagem melhor). E lá fui eu pros Correios, implorar pra moça do guichê mandar o pedaço de madeira, mais ou menos do tamanho e peso de uma barra de chocolate, como uma carta simples, porque o Sedex era caro demais.
Dias depois recebo a mesma carta padrão do fã-clube, dizendo que encaminhariam o presente pra ele. E mais um cartão postal, idêntico ao anterior.
Até hoje me pergunto o que ele teria achado. Ficou bonitinho, escrevi até uma mensagem atrás. Mas isso talvez eu nunca saiba. O que não me impede, evidentemente, de babar por ele no Mucho Macho. E acalentar o sonho utópico de que um dia ele fizesse um "Baranga Esperança" no Calçadão de Londrina e me perguntasse se eu preferia o Tiozão, o Mionzinho ou o João Rossi, pra eu poder dizer: "Eu prefiro você". ^.^
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O assunto da pauta essa semana é a Britney Spears. O que eu vou dizer sobre ela? Que eu gostava de "Baby one more time" e "Stronger" e, depois de trabalhar muito a minha consciência, consegui admitir que gosto de "Toxic" também. E eu não consigo imaginar o que pode ter levado ela a enlouquecer desse jeito. As pessoas engordam, todas as pessoas podem engordar um pouco um dia, mas um mínimo de bom senso, pelamordedeus! Não é só porque ela foi a deusa do pop, com calças ultrabaixas e tops minúsculos, que ela precisa ser assim sempre. Custa muito colocar uma blusa com mais de um palmo de comprimento? As pessoas, às vezes, definitivamente não colaboram.
Vi na Veja da semana no Natal que a irmã dela, de 16 anos, está grávida de um moleque de 18 ou 19. Percebam que ela está a caminho de um futuro tão brilhante quanto o da irmã mais velha. =]

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Come with me, come with me
We'll travel to infinity
Klaxons - Gravity's rainbow

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