sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Daniela, uma aventura na Amazônia - Parte II

Com a viagem 100% confirmada, começaram os preparativos de verdade. Barraca ok, a minha amiga que também ia conseguiu uma emprestada. E ela tinha um colchão de casal inflável recém-consertado, mas que dava pro gasto. Arranjei uma lona, pra garantir que as chuvas constantes da Amazônia não afetariam a integridade física da barraca e dos pertences contidos em seu interior. Troquei um frasco de colírio novo por dois repelentes semi-novos, que seriam suficientes pros mosquitos não me carregarem. Tudo certo, certo? Erraaaaado!...
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Hit the road, Jack (ou não necessariamente)
Meu pai é campeão em me dar calote. Eu o adverti que precisava de mais dinheiro pra viagem, e nada... Situando: o vôo sairia no sábado. Eu e minha amiga iríamos pra São Paulo na sexta, passaríamos a noite na casa da tia dela. Logo, eu precisava comprar a passagem na quinta. Era cinco da tarde de quinta e nada... E as passagens acabando... Tentei comprar no cartão de crédito, mas ele não passou. ¬¬ O desespero invadiu o meu ser e eu andei em círculos por alguns instantes em pânico (não é bizarro eu ter comprado a passagem aérea, que era o mais difícil, e perigar não conseguir ir pra São Paulo, pra pegar o dito do avião?). Até que a razão voltou e eu me lembrei da minha amiga com o cartão de crédito infinito. Liguei pra ela, ela comprou a passagem pra mim e todos foram felizes para sempre.
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Cidade Maravilhosa
O ônibus saía às oito e pouco da manhã. A viagem ocorreu tranquila, sem sobressaltos. O caos começou quando chegamos em São Paulo, já que era quase cinco da tarde, aquele trânsito lindo. O desembarque era na Barra Funda, blergh. Acho o Tietê bem mais simpático. E lá fomos eu e minha amiga, carregando o mundo nas costas, andando pra cá e pra lá, tentando encontrar o maldito do embarque do metrô. Encontramos. O metrô chegou. Ela entrou. E eu não.
Isso fez com que eu mudasse completamente minhas considerações sobre o metrô. Quando conheci São Paulo, ano retrasado, o achei fascinante, limpo, rápido, moderno. Andar nele lotado fez com que eu revisse melhor meus conceitos. Num horário meio despovoado até o trem pra Santo Amaro é legal. Se bem que a Linha Vermelha é meio selvagem. As pessoas do Tietê são mais civilizadas. :P
Após pequenos sobressaltos, consegui entrar no metrô (e, principalmente, vencer a massa de criaturas sedentas por um lugar no vagão que vinham na minha direção e sair). Nos encontramos na estação combinada e continuamos nossa peregrinação pela Paulista. Mais uma vez, desilusão: com duas malas pesadas e a calçada molhada e escorregadia, ela não me pareceu tão bonita e grande assim.
Chegamos na casa da tia da minha amiga (eu com as costas e as mãos doendo, e com um pedaço do meu dedo faltando, após enroscar a unha na alça da mochila), comemos, tomamos banho quente, dormimos numa cama macia, cientes de que seria nosso último contato com a civilização por um bom tempo.
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Olha lá o avião!
No dia seguinte a tia da minha amiga nos levou ao aeroporto (só de pensar em pegar o metrô de novo minhas costas doíam). Se andar de metrô foi a emoção mais intensa da minha vida, aos 18 anos, vocês não queiram imaginar o que foi eu estar na fila pro check-in.
No N passado o Airton estava lá. E dessa vez vimos o Alan no aeroporto. Consegui conter meu impulso interiorano e NÃO fui falar com ele. Mas se o Marcos Mion estivesse lá... [suspiro]
Minhas impressões a respeito desse maravilhoso meio de transporte ficarão para outro dia. Esses posts já estão terrivelmente gigantescos.
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Isso aqui tá mais comprido que a Malhação (aliás, uma das grandes provas de que estou ficando velha é que eu me lembro do que havia na Globo antes da Malhação!).
Continua

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