O assunto é: supomos que um belo dia alguém resolve banir a internet para todo o sempre das nossas vidas. Tipo, MSN, Orkut, download de músicas e adjacências acabam num estalar de dedos. Dá pra viver assim? Sim, dá. Bem, pelo menos em termos.
Vejamos o meu caso (me considero quase uma dinossaura com 20 anos). Sabe quando a internet passou a fazer parte da minha vida? Aos quinze anos! E eu vivi perfeitamente bem até lá (embora tenha que admitir que estou melhor agora). Trabalhos escolares? Minhas professoras ainda aceitavam escritos à mão no Ensino Fundamental. Wikipedia? Pra quê, quando se tem a Enciclopédia Barsa inteira à disposição? (se bem que, no computador, era só colocar o CD da enciclopédia, copiar e colar no Word, bem mais fácil...) Música? Ainda existe CDs à venda nas lojas, sabia? Amizades? Er... Prefiro as virtuais, mas isso não vem ao caso agora (isso já foi elucidado em outro post).
Em termos de comunicação com as pessoas, e-mail, scrap, MSN, são maneiras bem mais práticas de entrar em contato, além de elas, em si, serem de graça. Mas quem resiste ao ouvir a voz do outro lado da linha, chorando e rindo com você? Quem vai negar que cartas manuscritas são bem mais charmosas e transmitem muito mais emoção? Eu, particularmente, as acho lindas, mas não adoto esse método porque ninguém mais gostaria, a não ser que eu mandasse cartas pra mim mesma. =P Acho que amizades à distância não são mais fáceis de manter por causa da internet, só acho que as pessoas precisam se esforçar menos, o que acaba as estimulando mais. Mas assim, por falta de opção, quem sabe o povo não deixava de ser pão-duro na hora de fazer interurbanos ou preguiçoso na hora de andar até o correio?
Será que os jovens iam se voltar mais aos livros, na falta de fóruns do Orkut pra xeretar? Ah, sei não... Essa molecada kiii iscreveeee asim com certeza ia achar outra coisa pra fazer. Ah, se pelo menos lessem os gibis da Mônica... Esse assunto da decadência ortográfica do jovem brasileiro me interessa muito, mas infelizmente vai ter que ficar pra outro dia.
Como a gente ia ficar sabendo do que acontece no Brasil e no mundo? Difícil. Os jornais e as revistas impressos ainda estão aí pra quem quiser, só que é beeeem mais fácil entrar num portal de notícias e dar um clique aqui, outro ali. Não sou assim a pessoa mais informada a respeito das coisas gerais, já que desde que saí de casa nem o Jornal Nacional assisto mais (tá, eu sei que não é assim uma grande referência, mas ainda é ligeiramente melhor do que assistir Domínio MTV, né?), e admito que sem internet minha situação seria ainda pior. Sem contar que tem coisas que só o Google é capaz de fazer por você. Ou seja, nessa parte não consegui encontrar um substituto satisfatório.
Conclusão: seria difícil, mas pra tudo se dá um jeito. Só mais uma coisa: será que eu subiria pelas paredes, de tanto tédio? Não, não enquanto houvesse as revistas de Desafios de Lógica e de Problemas de Lógica da Coquetel. O que, de longe, é mais construtivo do que fuçar tópicos em comunidades, algo que vem tomando muito do meu tempo ultimamente.
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Nota nadavê com o post
Se quiserem, podem dar uma olhada em algo que eu insisto em chamar de fotolog.
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No need to ask my name
To figure out how cool I am
Justice - DVNO
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